É! Durante uma volta de caminhada no Parque das Dunas, acompanhei a vida fútil de algumas mulheres. Poderia tê-las ultrapassado, mas preferi escutar 'nada' por cerca de 10 minutos. Nada que se possa tirar algum proveito, pelo menos.
Elas eram 5! Os assuntos foram diversos! Primeiro, viagens! Europa, claro! A partir daí entramos - entraram - num leque gigantesco.
Compras! Ela comprou uma roupa de uma grife francesa - da qual não me lembro, e mesmo que recordasse não me atreveria a tentar escrever por aqui. Paris é a cidade das compras. A empolgação foi tanta que ela não se deu o trabalho de provar aquele pedaço de pano que, provavelmente, custara mais da metade de um salário mínimo. O resultado, é, a roupa não entrou! Mas quem se importa? Foi - tão somente - uma pena não poder usar uma peça daquele estilista famoso.
Jóias! É necessidade um brinco de ouro. Um não - pardon (perdão) - dois! Não ter um par de brincos de ouro amarelo e outro de ouro branco é, sem dúvida, sair nua pelas ruas.
Carros! O do ano e completo, claro. Está humanamente impossível andar em Natal sem um ar condicionado.
Foi pesado. 900 metros de curiosidade, angústia e desgosto.
Naquela hora eu pensei, "pobre" dessas cinco criaturas. Parecem não ter sonhos e nem sequer conhecer a palavra 'agir'... o significado de ir atrás, batalhar.
Eu? Prefiro continuar com minha vidinha de roupas baratas, de caronas, de espera em paradas de ônibus e de pedalas por Natal a me ver assim, fútil, sem perspectivas, sem um futuro cheio de realizações.