terça-feira, 28 de julho de 2009

900 metros de futilidade!

900 metros de pura futilidade.
É! Durante uma volta de caminhada no Parque das Dunas, acompanhei a vida fútil de algumas mulheres. Poderia tê-las ultrapassado, mas preferi escutar 'nada' por cerca de 10 minutos. Nada que se possa tirar algum proveito, pelo menos.
Elas eram 5! Os assuntos foram diversos! Primeiro, viagens! Europa, claro! A partir daí entramos - entraram - num leque gigantesco.
Compras! Ela comprou uma roupa de uma grife francesa - da qual não me lembro, e mesmo que recordasse não me atreveria a tentar escrever por aqui. Paris é a cidade das compras. A empolgação foi tanta que ela não se deu o trabalho de provar aquele pedaço de pano que, provavelmente, custara mais da metade de um salário mínimo. O resultado, é, a roupa não entrou! Mas quem se importa? Foi - tão somente - uma pena não poder usar uma peça daquele estilista famoso.
Jóias! É necessidade um brinco de ouro. Um não - pardon (perdão) - dois! Não ter um par de brincos de ouro amarelo e outro de ouro branco é, sem dúvida, sair nua pelas ruas.
Carros! O do ano e completo, claro. Está humanamente impossível andar em Natal sem um ar condicionado.
Foi pesado. 900 metros de curiosidade, angústia e desgosto.
Naquela hora eu pensei, "pobre" dessas cinco criaturas. Parecem não ter sonhos e nem sequer conhecer a palavra 'agir'... o significado de ir atrás, batalhar.
Eu? Prefiro continuar com minha vidinha de roupas baratas, de caronas, de espera em paradas de ônibus e de pedalas por Natal a me ver assim, fútil, sem perspectivas, sem um futuro cheio de realizações.


Vanessa Paula.

2 comentários:

  1. Pois é Vanessa, talvez ela estivece correndo esse 900 metros justamente para caber na tal roupa, que por sua vez - muito provavelmente - serviria para preencher sua vida meia boca... ou no bom francês "démodé".

    ResponderExcluir
  2. elas provavelmente pensaram algo sobre você tambem.
    talvez alguem esteja postando em algum blog, com palavras de feito e adjetivos poucos usados, uma revolta pelo fato de alguem torcer pelo sao paulo futebol clube, morando em potilandia.
    e outros talvez estejam terminando livros, citando meu tempo fazendo origami, como a coisa a ser evitada.
    enquanto a gente classificar ( o belo , o futil) com uma conotacao de certo ou errado, o ciclo continua. o ciclo dos dedos e dos olhos fechados.

    ELA : falar sobre amor é muito clichê
    ELE : falar que falar sobre amor é clichê é que é muito clichê

    do filme apenas o fim...

    falar que alguem eh futil, eh de muita futilidade

    hehe
    nao veja como critica nao...
    qnd vc axar alguem futil
    nao fale pra ninguem isso
    fale algo, que dê ferramentes pra alguem, na sua propria vida, perceber o q eh futil ou nao, e se eh errado ou certo, branco ou preto, sim ou nao, rapido ou devagar, channel ou C&A

    ResponderExcluir